Dissertação: tema:Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos no meio de comunicação?


Tema da dissertação:Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos no meio de comunicação?

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: Homofobia no Brasil
Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I
Caco Galhardo, 2001.
Texto II
  Os programas sensacionalistas do rádio e os programas policiais de final da tarde em televisão saciam curiosidades perversas e até mórbidas tirando sua matéria-prima do drama de cidadãos humildes que aparecem nas delegacias como suspeitos de pequenos crimes. Ali, são entrevistados por intimidação.      As câmeras invadem barracos e cortiços, e gravam sem pedir licença à  estupefação de famílias de baixíssima renda que não sabem direito o que se passa: um parente é suspeito de estupro, ou o vizinho acaba de ser preso por tráfico, ou o primo morreu no massacre de fim de semana no bar da esquina. A polícia chega atirando; a mídia chega filmando.
Eugênio Bucci. Sobre ética e imprensa. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Texto III
  Quem fiscaliza [a imprensa]? Trata-se de tema complexo porque remete para a questão da responsabilidade não só das empresas de comunicação como também dos jornalistas. Alguns países, como a Suécia e a Grã-Bretanha, vêm há anos tentando resolver o problema da responsabilidade do jornalismo por meio de mecanismos que incentivam a autorregulação da mídia.
http://www.eticanatv.org.br

Texto IV
 No Brasil, entre outras organizações, existe o Observatório da Imprensa – entidade civil, não-governamental e não partidária –, que pretende acompanhar o desempenho da mídia brasileira. Em sua página eletrônica , lê-se:
 Os meios de comunicação de massa são majoritariamente produzidos por empresas privadas cujas decisões atendem legitimamente aos desígnios de seus acionistas ou representantes. Mas o produto jornalístico é, inquestionavelmente, um serviço público, com garantias e privilégios específicos previstos na Constituição Federal, o que pressupõe contrapartidas em deveres e responsabilidades sociais.
http://www.observatorio.ultimosegundo.ig.com.br (adaptado)

Texto X

Incisos do Artigo 5º da Constituição Federal de 1988:
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

EXEMPLO DE TEXTO QUE RECEBEU NOTA ALTA NO ENEM

   Muito se tem discutido sobre notícias falsas, manipulações e sensacionalismos nos meios de comunicação. Nesse contexto, está a necessidade da compreensão da cidadania e da liberdade de manifestação para evitar os abusos dessa natureza. Isso não só protegendo os direitos fundamentais da população, mas também ensinando alternativas para lidar com o bombardeio de informações na contemporaneidade. 

   A princípio, é preciso compreender que a garantia constitucional de liberdade não inibe os demais direitos. Sendo o Brasil uma democracia recente e, tendo passado por longos períodos ditatoriais, as conquistas da livre exposição do pensamento, da atividade intelectual e da imprensa, presentes na Constituição Cidadã de 1988, são, muitas vezes, confundidas pela sociedade. Sabe-se que uma imprensa livre tem grande importância para a cidadania, por denunciar irregularidades, injustiças e, inclusive, permitir que o público pense com autonomia. Apesar disso, existem limites, porque essas conquistas não devem ferir as demais esferas legais, existindo, inclusive, responsabilidades sobre o que é propagado nos meios de comunicação. Assim, o conhecimento de suas garantias, pelos próprios cidadãos, pode regular muitos dos equívocos das ferramentas comunicativas. 

    Além disso, por meio de uma formação cultural e escolar, pode-se consumir melhor o volume de conteúdos a que se é exposto diariamente. Isso porque, aproveitando-se da liquidez pós-moderna, projeta-se à população um consumo de informações para além da capacidade de absorção e compreensão habituais. Ademais, é nesse cenário que foi amplificado o fenômeno das “fake news”, dando às inverdades uma maior velocidade de propagação, além de tornar urgente a distinção de fato e opinião e a investigação de referências: tarefas árduas quando há baixa escolarização e falta de senso crítico. Dessa forma, a educação é um pilar relevante na superação desse entrave. 

    Por todos esses aspectos, é necessário evitar abusos nos meios comunicativos sem infringir a democracia. Para tanto, faz-se necessário que o Poder Público promova a difusão do conhecimento das leis, por intermédio de programas televisivos gratuitos, incluindo as redes sociais, com páginas informativas, objetivando o aprendizado sobre limites e garantias a todas as faixas etárias. Além disso, é imprescindível que ONGs se envolvam, promovendo denúncias ao levar as situações de abuso midiático ao Poder Judiciário. Também é importante que as escolas efetuem debates políticos, sociais e culturais, auxiliando na seleção e na investigação das informações. Dessa forma, será possível garantir simultaneamente conteúdo e liberdade.







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